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Alfabetização financeira no Brasil decepciona

9 de março de 2016 Renata Fontes

Recentemente, tive acesso aos resultados de uma pesquisa conduzida pela Standard & Poor’s Ratings Services[1]. Cerca de 150 mil adultos, espalhados por mais de 140 países participaram da pesquisa no decorrer de 2014. Basicamente, a pesquisa contemplou quatro perguntas, todas elaboradas com o intuito de examinar conceitos financeiros básicos: aritmética, diversificação de risco, inflação e juros compostos. Em poucas palavras, a ideia era medir a alfabetização financeira da população mundial.

Mas o que vem a ser alfabetização financeira?

Para os organizadores da pesquisa, “alfabetização financeira é a capacidade de entender como o dinheiro trabalha no mundo: como alguém consegue ganhar dinheiro, como essa pessoa gerencia seus recursos, investe ou faz doações para ajudar o próximo”.

Os achados são muito interessantes, mas aqui vamos tratar apenas da alfabetização financeira do brasileiro. Em breve, traremos outras reflexões. A pesquisa apontou que 65% da população adulta no Brasil não é alfabetizada em finanças. Nessa mesma situação estão: Bulgária, Costa Rica, Costa do Marfim, Chipre, República Dominicana, Gabão, Maláui e Sri Lanka. Ao comparar com os demais países que compõem os BRICS, por exemplo, estamos melhores do que Índia (76%) e China (72%), e piores do que Rússia (62%) e África do Sul (58%).

População brasileira não domina conceitos financeiros básicos

Apesar de já trabalhar na área há muitos anos, a situação da população brasileira me surpreendeu, especialmente porque estamos tratando de conceitos financeiros básicos. Afinal, responder corretamente três de quatro questões (na pesquisa, isso representa alfabetização financeira!) não é suficiente para que uma pessoa tome as melhores decisões em relação à construção do seu patrimônio. É preciso mais do que isso!

De toda forma, os resultados da pesquisa evidenciam a importância de se buscar as habilidades necessárias para lidar com um ambiente financeiro em constante mudança, a fim de evitar dívidas, inadimplência e insolvência. Pense nisso e comece logo a organizar a sua vida financeira.

Se quiser conhecer mais sobre o tema, visite esta página.

[1] A pesquisa contou com a contribuição das seguintes instituições: Gallup World Poll, Banco Mundial, McGraw Hill Financial Inc. e The George Washington University School of Business.

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Categorias:Blog, Finanças pessoais
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