Blog

Maioria brasileira não tem reserva para emergências… E você?

30 de março de 2018 Renata Fontes e Diogo Ramos

Na última semana, nos deparamos com o Indicador de Reserva Financeira dos Brasileiros, divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Por mais que o nome seja longo, esse indicador mostra o percentual da população que economizou parte da renda, trabalhando para formar uma reserva para emergências.

A sondagem realizada em janeiro de 2018 aponta que 71,5% dos brasileiros não destinou nenhuma quantia para poupar ou investir. É claro que no início do ano, existem diversas despesas extraordinárias, como o pagamento de matrícula, a compra de material escolar, as férias. Ah! As férias… Portanto, há maior pressão no orçamento familiar.

População brasileira não tem o hábito de guardar dinheiro

Contudo, a série divulgada traz os resultados mensais do indicador desde dezembro de 2016. Nela, observamos que mais de 70% dos brasileiros não separou nenhuma parcela da renda mensal para a formação de uma reserva financeira. Em nosso ponto de vista, esse comportamento é pra lá de perigoso!

Por mais que a reserva financeira possa, e deva, ser construída para diferentes finalidades, aqui iremos nos concentrar na importância que ela assume diante de situações inesperadas. Afinal, você consegue imaginar como lidar com um imprevisto sem dispor de uma reserva financeira?

Sem o preparo adequado, imprevistos trazem dívida

Imprevistos acontecem sem aviso prévio. Pode ser a perda do emprego, um problema de saúde, um acidente de carro ou uma viagem de fim de semana. Se quiser garantir um sono tranquilo nessas situações, não abra mão de uma reserva para emergências. Caso contrário, a sua saída será estourar o limite do cartão de crédito ou pedir dinheiro emprestado para terceiros ou bancos.

No último caso, se o gerente da sua conta liberar o crédito, você passará a fazer parte das estatísticas dos endividados. Atualmente, essa lista conta com 61,7 milhões de pessoas[1], principalmente considerando o elevado número de desempregados no país.

Ter uma dívida representa reduzir a porção do seu orçamento que é destinada ao consumo. Além disso, pressupõe incorrer em despesas financeiras durante o período de amortização. Em outras palavras, será preciso pagar juros pelo empréstimo que acabou de ser contratado.

Agora, imagine tomar um empréstimo para suportar um imprevisto e, em seguida, ser surpreendido por mais um evento inesperado? Com parte do orçamento comprometido com o pagamento de uma dívida, o espaço para assumir outros empréstimos fica limitado. Assim, e devido ao maior risco de inadimplência, os bancos tendem a cobrar taxas de juros ainda mais altas. Esse ciclo está longe de ser virtuoso!

Jamais abandone a meta de formar uma reserva para emergências!

Consideramos esse alerta essencial para conscientizar você da importância de formar uma reserva para emergências. Sabemos que imprevistos fazem parte da vida. Inclusive, costumamos dizer aos nossos clientes que imprevistos acontecem todos os meses. A gente só não sabe identificar com antecedência quais são eles e nem o tamanho da conta que irá chegar…

Seja precavido! Formar uma reserva para emergências não acontece do dia para a noite. É uma questão de tempo… Mas isso não deve ser justificativa para que você abandone essa meta. Jamais faça isso! Acompanhe de perto as suas finanças, poupe uma parte da renda e, dessa maneira, você estará menos vulnerável.

Se você não souber por onde começar, será um enorme prazer lhe ajudar!

[1] SPC Brasil.

Compartilhar:

Categorias:Blog, Finanças pessoais
Tags:,

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

CA 11, Lote 5, Sala 203-A
Edifício Le Office - Lago Norte
Brasília - DF

+55 61 98401-1256