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A importância da gestão de riscos em nossa rotina

5 de outubro de 2016 Renata Fontes

Eu tenho mania de conversar com empreendedores… Adoro compartilhar experiências e ouvir sobre estratégias, desafios e oportunidades. É uma maneira de aprender mais sobre pequenos negócios, assunto que tanto me fascina. Nessas andanças, tenho percebido que poucos empresários se dedicam à gestão de riscos, o que pode implicar perdas para seus clientes, também pouco familiarizados com o assunto.

O que é gestão de riscos?

Quando comecei a refletir sobre o tema, acabei esbarrando com uma reportagem sobre um pet shop que deixou um cachorro fugir. Triste, né? Tenho certeza de que as pessoas que têm animais de estimação entendem o que isso quer dizer. Aquele amigo do peito que você cuida com tanto carinho desaparece da sua vida por um descuido… Mas, então, o que você avaliaria ao deixar o seu bichinho para tomar aquele banho? A limpeza do local, o preço do serviço, a maneira como o seu animal de estimação é recebido… E quanto à segurança do animal? Isso já passou pela sua cabeça? Se sim, você está, mesmo que de forma inconsciente, avaliando riscos!

A gestão de riscos compreende um conjunto de ações estratégicas, como a identificação, administração, condução e prevenção dos riscos ligados à determinada atividade[1]. Porém, é fundamental deixar claro que os riscos são inerentes a qualquer atividade, seja na vida pessoal, profissional ou nos negócios. De uma forma bem objetiva, eu poderia dizer que viver implica correr riscos.

Os riscos estão em toda parte!

Uma partida de futebol com os amigos no final de semana pode te afastar do seu trabalho por um bom tempo. Agora, imagine se você for um profissional liberal? Sua vida pode ficar, literalmente, de pernas pro ar! Portanto, quer você seja um profissional liberal, um assalariado ou até mesmo um empreendedor, gaste tempo mapeando os riscos presentes na sua vida e no seu negócio. Só assim você poderá tomar algumas precauções a fim de atingir um equilíbrio adequado entre risco e oportunidade.

Talvez, a precaução mais óbvia seja fazer um seguro para os eventos cujas chances de ocorrer consideramos altas. É o caso do seguro de veículos no Brasil, em decorrência dos alarmantes índices de roubos de carros. Uma outra possibilidade para combater esses eventos fortuitos é ter uma reserva de dinheiro. Aquela famosa reserva emergencial defendida por mim tantas vezes junto aos clientes que atendo com o intuito de elaborar o seu planejamento financeiro. No caso da partida de futebol que acabou com o seu joelho, por exemplo, essa reserva poderia fazer frente às suas despesas mensais, pelo menos enquanto você estiver incapacitado para o trabalho. Mas, há outras medidas, muitas vezes bem simples, que podem vir a reduzir os riscos de maneira significativa.

Os riscos do negócio devem ser avaliados continuamente

Da mesma forma, empresários devem se dedicar à gestão de riscos. Retomando o caso do pet shop… Não existe como substituir um animal de estimação, pois eles são únicos! Em função disso, o empresário deve adotar políticas e procedimentos com a finalidade de evitar que o animal escape e, assim, impedir que tal evento traga prejuízos, muitas vezes irreparáveis, ao seu negócio.

Ah! Se você, empresário, está se perguntando como gerir os riscos, posso dar uma dica. Identifique os riscos potenciais, priorize aqueles que são mais críticos e, em seguida, tome medidas no sentido de mitigá-los. Você pode começar pela avaliação dos principais processos do seu negócio. Saiba, entretanto, que a gestão de riscos é um processo contínuo. E, dessa maneira, é necessário repetir a seguinte pergunta diante de novas circunstâncias: o que eu posso perder nessa situação? Você pode não acreditar, mas já vi empresas em maus lençóis, ao serem surpreendidas com a falência de um fornecedor exclusivo. Se você não estiver disposto a passar por algo similar, pratique a gestão de riscos!

Enquanto cliente, a avaliação do risco, pode evitar perdas

Agora, se você é um profissional liberal ou um assalariado, convém tomar consciência das transações que pretende realizar, especialmente as de médio e longo prazo, e promover uma avaliação criteriosa das mesmas. É o caso da compra de um imóvel, por exemplo. Antes de adquirir um imóvel na planta, visite outros empreendimentos da construtora. Pesquise imóveis semelhantes de concorrentes e avalie a diferença de produto e preço. Será que é melhor pagar à vista ou dar um sinal elevado, por mais que os descontos sejam atrativos, antes de o imóvel ser entregue? Veja o que você tem a perder e decida se vale a pena correr o risco!

A mesma lógica vale para a inscrição em um curso de especialização. Procure conhecer a reputação da instituição de ensino. Faça uma aula experimental e converse com outros alunos. Tente antecipar os impactos na sua vida, se tal instituição viesse a quebrar no meio do caminho. Muitas vezes, do ponto de vista estritamente financeiro, pagar à vista é o melhor negócio. Todavia, o dito popular “quando a esmola é demais, o santo desconfia” existe por algum motivo.

Não deixe de prestar atenção aos detalhes…

 

[1] ISO 31.000

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