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Você foge do quê?

25 de abril de 2016 Renata Fontes

Tocar um negócio traz inúmeros desafios. Ao invés de enumerá-los, neste post vou me dedicar a um deles. Não posso afirmar que seja o mais relevante, mas acredito que falar sobre ele será útil a você, empreendedor.

É muito frequente o proprietário vestir vários chapéus. Com isso, quero dizer que o empreendedor acorda com a responsabilidade de pagar contas, mas logo que finaliza essa tarefa, passa a cuidar da gestão dos fornecedores. E o dia está apenas começando… Depois de negociar a compra de alguns produtos, o empresário assume a função de tocar a produção propriamente dita. Talvez, seja nessa posição que gaste a maior parte do seu tempo. Entretanto, esse mesmo empreendedor não termina o dia sem ligar ou visitar potenciais clientes.

Assim, o empresário, especialmente no início da sua vida como tal, é um super-herói. Nada menos que isso! Afinal, traçando um breve paralelo com o voleibol, ele saca, recebe, levanta e parte para o ataque. São quatro em um. E, sem dúvida, pode ser mais do que quatro em muitos dias.

Não há como ignorar essa situação, pois ela é extenuante. Por isso, um conselho fundamental para você que está montando o seu plano de negócios e pretende empreender: dedique-se a algum negócio que alimente a sua alma! Assim, será mais fácil vencer o cansaço e começar um novo dia com ânimo.

Por outro lado, o fato de ser quatro em um me leva a ressaltar outro aspecto crítico. Estou me referindo às carências do empresário. Afinal, ninguém é perfeito. Por favor, não me entenda mal… É que na vida, por mais que a gente se esforce, temos aptidões ou talentos para algumas coisas, e não para outras. Isso não quer dizer que estejamos condenados ao fracasso. Definitivamente, eu não penso assim.

Contudo, e exatamente por esse motivo, é imprescindível prestar atenção às nossas carências. Por exemplo, eu conheço empresários que têm um talento comercial impressionante, mas que pouco entendem de formação de preço. Por outro lado, já trabalhei com empreendedores que criaram projetos incríveis, estando totalmente sintonizados com o momento sócio-econômico. Entretanto, sua impaciência tornava o processo de venda traumático.

Assim, sugiro que você procure perceber no seu dia a dia as tarefas que têm prazer em realizar e aquelas que você, naturalmente, posterga. Acho que a pergunta seguinte resume bem a minha recomendação…

Do quê você foge?

Em geral, fugimos quando não nos sentimos confortáveis com determinada tarefa, situação ou pessoa. E essa fuga pode significar a vulnerabilidade do seu negócio. Nesse caso, pare de fugir. Procure refletir sobre os motivos que o levam a fazer isso. Enfrente a tarefa, situação ou pessoa.

E quando eu falo em enfrentar, não estou me referindo ao embate. Muito pelo contrário. Eu falo de acolhimento. Aceite a sua dificuldade e procure melhorar, fazendo todos os dias um pouco dessa tarefa que você costuma deixar para depois. Procure também desenvolver suas aptidões. Leia sobre o assunto. Busque cursos no tema. Consulte especialistas.

Mas, de todo jeito, pare de fugir!

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Categorias:Blog, Empreendedorismo, Pequenos negócios
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