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A palavra de ordem é separar!

4 de abril de 2016 Renata Fontes

Falei que ia trazer outros posts sobre planejamento financeiro para profissionais liberais. Ah! Se quiser contribuir com essa série, que começou a ser trabalhada no post “O que psicólogos, médicos e dentistas têm em comum?”, envie suas principais dores.

Feito esse preâmbulo, e antes de abordar o primeiro passo relacionado a planejamento financeiro propriamente dito, acho conveniente dizer que ainda me surpreende o fato de a gestão financeira não figurar dentre as disciplinas de Direito, Medicina, Odontologia, Psicologia, Nutrição, Fisioterapia etc. Afinal, acredito que o sonho de muitos dos que procuram um desses cursos é ser dono do seu próprio nariz.

Bom… A ideia não é criticar a grade curricular das universidades, mas defendo que ter noções de administração financeira é um diferencial para qualquer profissional que queira empreender. Como nunca é tarde para aprender, pretendo abordar aqui o primeiro passo relativo ao planejamento financeiro de um profissional liberal. De forma bem objetiva, é primordial, essencial, fundamental (e todos os outros sinônimos que você encontrar!) separar o pessoal do profissional.

Mas o que vem a ser isso?

Basicamente, isso significa que você, enquanto psicólogo, por exemplo, tem uma “empresa”. O termo está entre aspas de propósito. Muitos psicólogos atendem em seus consultórios, sem constituírem uma empresa de fato, o que está totalmente de acordo com a legislação. Porém, isso não quer dizer que a “empresa” e a pessoa sejam uma coisa só.

Abrindo um breve parêntesis: daqui pra frente, chamarei a parte profissional do psicólogo de psicólogo-empresa e a parte pessoal, de psicólogo-pessoa.

O psicólogo-empresa precisa conhecer as despesas inerentes à sua atividade, como: aluguel, luz, telefone, IPTU, condomínio, secretária, faxineira, material de limpeza, entre outras. Então, não perca tempo e levante todas as despesas que são necessárias para o funcionamento do seu consultório.

Feito isso, convém relacionar os seus pacientes frequentes, a fim de calcular o faturamento do seu negócio. Se pensarmos em um consultório estabelecido, o valor cobrado dos pacientes deve ser suficiente para cobrir essas despesas e ainda gerar uma sobra – que chamamos de superávit.

Nesse momento, sua atenção deverá se voltar para o planejamento financeiro pessoal, pois o superávit obtido na atividade exercida é a remuneração do psicólogo-pessoa em determinado período. Em outros termos, é o equivalente ao salário de um funcionário, isto é, tal parcela deve fazer frente aos gastos do psicólogo-pessoa, que podem ser similares às despesas relacionadas anteriormente, só que, dessa vez, relacionam-se com a vida pessoal do profissional. Entretanto, é bem provável que o psicólogo-pessoa tenha outros gastos, a exemplo de alimentação, vestuário, plano de saúde, combustível, IPVA etc.

Portanto, minha recomendação pra você, que é profissional liberal, é a seguinte: separe o pessoal do profissional o mais rápido que puder. Guarde isso! Separar os gastos profissionais dos pessoais irá permitir que você tome decisões mais acertadas como, por exemplo, definir corretamente o valor do seu serviço. Mas isso já é assunto para outro post…

Por enquanto, concentre-se em separar. Até aqui, não tem mistério, não é? Separar os gastos do psicólogo-empresa do psicólogo-pessoa pode até ser trabalhoso, mas é simples.

Mãos à obra!

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Categorias:Blog, Finanças pessoais, Pequenos negócios
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