Para um planejamento financeiro eficiente, corte os excessos!
Em alguns posts recentes, falei sobre poupar e investir. Enquanto poupar decorre das sobras de caixa (elas ocorrem quando os ganhos superam os gastos!), investir é possível a partir dos recursos que acumulamos, ou seja, poupar é o primeiro passo para investir. Como já defendi antes, uma das tarefas necessárias aos que pretendem se dedicar ao planejamento financeiro pessoal é analisar gastos. A partir disso, precisamos cortar os excessos e nos empenhar para poupar como os japoneses do pós-guerra (há um certo exagero nessa última frase!).
Um planejamento financeiro eficiente requer corte dos excessos!
Nesse post, a proposta é refletir sobre os excessos, pois na rotina diária com clientes que estão procurando uma vida financeira mais equilibrada, tenho percebido a relevância desse tema. Afinal, na grande maioria das vezes, o que separa uma pessoa endividada de uma pessoa investidora é ignorar os excessos que são praticados. Começando do início, no dicionário, a palavra excesso tem os seguintes significados:
- Aquilo que está a mais.
- Aquilo que excede às normas.
- Comportamento desmedido ou desregrado.
- O que é redundante.
- Abuso.
- Aquilo que resta.
- Esforço intenso.
- Grau extraordinário.
- Ação abusiva.
- Violência, crueldade, desregramento.
Quando penso em excesso, o necessário surge como uma referência que, no meu entender, vale para pessoas, famílias e empresas. Por exemplo, uma firma que enfrenta queda no lucro, pode fazer um trabalho de redução de custos. Isso nada mais é do que refletir sobre os custos e despesas que são essenciais para a operação, a fim de cortar os excessos, evitar desperdícios e, dessa forma, ampliar o retorno.
Por outro lado, para saber quais são os excessos financeiros que cometemos, poderíamos fazer a seguinte pergunta: é possível sobreviver sem esse gasto? O radicalismo na questão foi meramente ilustrativo! Não sou favorável a esse comportamento, pois, num mundo sem excessos, estaríamos considerando suprir apenas as nossas necessidades básicas. E todos sabemos que nós, seres humanos, somos mais complexos do que isso.
Construímos uma planilha que traz informações relevantes sobre o seu consumo…
De toda forma, eu percebo que, em planejamento financeiro pessoal, quando falamos de excesso, estamos falando de um conceito relativo. Por esse motivo, é fundamental trabalhar com a realidade financeira de cada um. Assim, resolvi desenvolver uma planilha (bem simples!) com o objetivo de propiciar uma reflexão sobre aquilo que pode representar um excesso na sua vida financeira e, portanto, estaria limitando sua capacidade de poupança.
Basicamente, ao inserir a sua renda mensal líquida na planilha, bem como a sua jornada semanal de trabalho, você saberá o valor da sua hora de trabalho. A partir daí, você poderá saber quantas horas de trabalho são necessárias para comprar um determinado produto ou serviço. Agora, se você for um profissional liberal, na célula correspondente ao salário líquido, coloque o valor da sua renda mensal, já reduzida pelos gastos inerentes ao exercício da sua atividade profissional. Já falamos um pouco disso em outro post! E no local da jornada semanal de trabalho, insira a média semanal das horas que trabalhou no último mês.
Bom… Com o preenchimento da planilha, a proposta não é apenas mostrar que você precisa de 5 horas de trabalho, por exemplo, para adquirir uma blusa, uma camisa ou qualquer outra coisa. A ideia é que esses cálculos provoquem uma reflexão sobre o seu consumo. Seja criativa! Seja criativo! E faça exercícios comparativos. Calcule quantas horas do seu trabalho são direcionadas para o pagamento do aluguel, do telefone, da luz, do gás etc. Dessa forma, você:
- Começará a refletir sobre o verdadeiro valor das coisas;
- Tornará o seu consumo mais consciente; e
- Acima de tudo, terá um planejamento financeiro mais eficiente e, em conseqüência, uma vida financeira mais equilibrada.
Clique nesse link para fazer o download da planilha e aproveite sem moderação alguma!
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Categorias:Blog, Finanças pessoais
Tags:planejamento financeiro pessoal, poupança
